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(71) registro(s) encontrado(s) para a busca: Por Dandara Barreto
Feira de Santana / 06 de novembro de 2020 - 11H 41m

Em votação popular, Dandara Barreto é escolhida melhor âncora do rádio feirense

A jornalista Dandara Barreto do Blog do Velame e dos programas Transnotícias (TransBrasil) e Jornal da Manhã (Jovem Pan) foi escolhida melhor âncora de rádio de Feira de Santana. O resultado da votação popular promovida pelo Trofeu Imprensa foi anunciado nesta sexta-feira (06). Dandara obteve 4.737 votos. A jornalista é a primeira mulher em 22 anos a receber o prêmio de melhor âncora de rádio feirense. O Troféu Imprensa é promovido pelo jornal Noite e Dia e realizado com o objetivo de premiar empresas e profissionais que se destacaram durante o ano. Em 2020, a premiação terá formato Drive-in por conta da pandemia de covid-19. O evento acontecerá no dia 5 de dezembro, no estacionamento da Faculdade Unef, em Feira de Santana.

Feira de Santana / 20 de maio de 2021 - 09H 49m

Radialista da Sociedade News é acusado de pedofilia e abuso sexual

Radialista da Sociedade News é acusado de pedofilia e abuso sexual
Feira de Santana registrou, no ano passado, 102 casos de abusos sexuais contra crianças.

Por Dandara Barreto

Quanto tempo pode durar o silêncio de uma vítima de pedofilia? Mais de trinta anos se passaram até que a artesã Eleonora Sampaio tomasse conhecimento que suas filhas eram abusadas sexualmente pelo seu companheiro, o radialista feirense Rogério Magalhães, de 53 anos, padrasto de uma das filhas de Eleonora e pai biológico de outra, dentro de sua própria casa. Rogério é o apresentador de um dos programas mais antigos da Sociedade News/Princesa FM de Feira de Santana, grupo católico controlada pela Fundação Santo Antônio dos Frades Capuchinhos.

Após a separação de um casamento conturbado, marcado pela violência doméstica, Eleonora passou a frequentar delegacias em busca de proteção, já que diz ter sua vida ameaçada diversas vezes pelo ex- marido. Em uma das tentativas de buscar justiça, uma das suas filhas, que tem hoje 37 anos, se propôs a testemunhar em favor da mãe e revelou que fora abusada dos 6 aos 12 anos de idade pelo então padrasto. A partir dessa revelação, mais um depoimento chocou a família. A filha do casal também relatou que sofreu abuso. Eleonora conta que nunca observou nenhum comportamento estranho das filhas, mas lembra que há muito tempo o viu acessando site de conteúdo pornográfico infantil.“Nós trabalhávamos juntos numa rádio. Um dia, eu cheguei mais cedo do que deveria na redação e vi na tela do computador que ele estava acessando, uma foto de uma criança nua. No dia nos desentendemos e ele me deu uma desculpa qualquer e me fez sentir culpada por ter pensado que ele fosse capaz de acessar aquele tipo de material para fins sexuais. Eu cheguei a pedir desculpas a ele”, relembra. As identidades das filhas não serão reveladas a pedido da família.

De acordo com a artesã, suas filhas nunca revelaram os abusos sofridos por ser algo que as feria muito, mas as convenceu de denunciar mesmo tendo passado tanto tempo. “Quando minhas filhas me contaram, eu falei que ele precisava ser denunciado porque a gente tem 3 netas e muitas crianças podem ter passado por isso e ela disse: “mãe, já passou”, mas não passou. Essas coisas não passam”, desabafou.

Eleonora teme a prescrição do crime, pois a lei determina que após 20 anos desde que a vítima completa maior idade e uma dessas filhas está prestes a completar 38 anos. O advogado das vítimas e especialista em direito penal, Joari Wagner, disse que apesar disso, há chance de o abusador ser preso. “Em crimes sexuais a palavra da vítima pesa muito e neste caso, são duas vítimas. O fato de ter passado muito tempo, pesa em favor dele, mas ele pode sim ser preso. Nunca é tarde para denunciar”, afirmou.

Há seis meses a família tomou conhecimento dos abusos. No mês de abril as vítimas foram até a polícia que intimou o radialista para depor na última semana, mas apresentou um atestado médico, alegando estar com Covid-19.  O advogado de defesa do radialista, Andrei Smith, informou que o seu cliente está internado por complicações da doença, mas seu quadro de saúde é estável. Ele disse ainda que não teve acesso ao inquérito e que vai se pronunciar assim que acessar os autos.

A delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), Clécia Vasconcelos, contou que o inquérito está parado na delegacia pela ausência do depoimento do radialista. Segundo a delegada, o atestado médico apresentado por ele é válido até quinta-feira (20). Ainda de acordo com Clécia, ele será intimado novamente e após prestar depoimento, o inquérito será remetido à justiça para que não haja chance de o crime prescrever.

Procurado, o grupo que representa a rádio Sociedade e Princesa FM não quis comentar o caso. Detalhes da denúncia, em áudio, podem ser ouvidos no site De Olho no Rádio. 

CASOS EM FEIRA 
No último dia 18 de maio, foi celebrado o dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual infantil. Feira de Santana registrou, no ano passado, 102 casos de abusos sexuais contra crianças. De janeiro até abril deste ano, foram 25 casos, de acordo com dados dos conselhos tutelares do município.Um levantamento da ONG Childhood Brasil, publicado em 2019, aponta que 92% das denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes, pelo Disque 100, envolviam vítimas do sexo feminino. Grande parte dos abusadores eram familiares, como tios, primos e até pais ou padrastos.Especialistas em direito da criança e do adolescente pontuam que a criança ou adolescente vítima de violência sexual demonstra por meio de alguns comportamentos. Podem ser sinais de alerta “agressividade, condutas sexuais inadequadas, distúrbios alimentares e afetivos, ansiedade, depressão, uso de drogas”, entre outros.Denunciar é fundamentalCasos de abuso ou exploração sexual infantil podem ser denunciados pelo Disque Direitos Humanos – Disque 100, disponível 24 horas, e pelo link: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/. Há também o Disque Denúncia Estadual – Disque 123, além da Polícia Militar, Delegacia da Criança e do Adolescente, Delegacia da Mulher, Conselhos Tutelares e Ministério Público. As denúncias podem ser anônimas e, em todos os relatos, a identidade do denunciante é preservada.

Feira de Santana / 23 de fevereiro de 2021 - 19H 21m

Pandemia não deve acabar em 2022, diz coordenador do Hospital de Campanha

Por Dandara Barreto 

O Hospital de Campanha de Feira de Santana tem, nesta terça-feira(23), 26 pacientes internados em leitos clínicos e 16 em leitos de UTI. De acordo com o médico intensivista e coordenador da unidade hospitalar, Francisco Mota, a situação é crítica e deve permanecer assim por mais algum tempo. Mota afirma que o perfil dos pacientes internados mudou.“Mais de 50% das pessoas internadas tem menos de 60 anos. A faixa etária predominante é de pessoas entre 35 e 55 anos. No início da pandemia, os pacientes internados tinham, em sua maioria, 70 anos e possuíam comorbidades”, relevou. Estes números são reflexo do comportamento das pessoas, que não têm dado a devida importância ao que o vírus representa e tem se colocado constantemente em situações de aglomerações. Segundo o coordenador, os profissionais de saúde vivem um momento de extrema exaustão, uma vez que não há perspectiva de que as coisas melhorem. Além do baixo isolamento social como um agente facilitador para a disseminação do vírus, outro ponto importante é a falta de vacina.  Como não há a possibilidade de uma vacinação em massa, o vírus vai sofrendo mutações, se tornando mais resistente e por isso, a população deverá conviver com pandemia por mais de três anos. “O ideal seria vacinar todo o mundo de uma vez. Não adianta só países ricos estarem vacinando a população, porque há circulação de pessoas em todo o planeta e se o vírus circula com elas, ele vai se modificando, então, enquanto isso (a vacinação) não acontecer, viveremos a pandemia por mais de três anos, Certamente, ela não acaba em 2022”, lamentou.

04 de novembro de 2020 - 21H 33m

Com mais de 100 dias de atraso, Santa Casa vai escolher empresa para instalar os 10 leitos de UTIs para COVID-19

Por Dandara Barreto

No mês de julho, a prefeitura anunciou que Feira de Santana estava prestes a ganhar mais 10 leitos de UTI para o tratamento da covid-19. Os leitos serão instalados na Santa Casa de Misericórdia. Na época, a prefeitura previu a entrega em 40 dias. (Relembre aqui)

Mais de 100 dias se passaram desde então e os leitos ainda não foram entregues. O Ministério da Saúde destinou cerca de R$ 2,8 milhões para este fim.

Procurada pela nossa reportagem, a Santa Casa de Misericórdia (Hospital Dom Pedro), informou que será publicado esta semana edital para a escolha de empresa responsável pela instalação de leitos de UTI no HDPA

De acordo com a entidade, foi protocolado na Divisão de Vigilância Sanitária do Estado, Divisa, um amplo projeto visando à instalação de dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva, UTI, no Hospital Dom Pedro de Alcântara, que é mantido pela Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana. Até o próximo dia 6 será publicado no Diário Oficial da União e no site da Santa Casa, o edital para escolha da empresa que executará a obra.

A nota informa que para atender a todas as especificações técnicas e legais necessárias à instalação dos leitos, uma empresa de assessoria na área de projetos arquitetônicos para o setor da saúde está trabalhando diariamente no desenvolvimento de oito subprojetos imprescindíveis para a execução – arquitetônico, estrutural, elétrico, instalação de central declimatização moderna, hidrossanitário, de incêndio, de gases medicinais e finalmente de telefonia e dados.

Antes do início da obra de adequação física propriamente dita, no prédio do HDPA, esses oito subprojetos precisamcontar com os pareceres técnicos de viabilidade que no Brasil passam pela análise e aprovação ou não do setor de Vigilância Sanitária.

Os projetos atendem às normas técnicas padrões do setor de saúde, no caso, ainda mais específicas uma vez que sãopara UTI´s, o que demanda maior complexidade.

Após a aprovação pela Divisa, será iniciada a parte prática da execução do projeto. “Trata-se também de uma etapa complexa, uma vez que vamos definir as especificações de equipamentos e da montagem dos leitos”, explica Sandra Peggy, diretora geral do HDPA e uma das integrantes da equipe responsável pela execução do projeto.

Entenda a destinação dos recursos para as UTI´s

De acordo com a portaria de número 1.393 do Diário Oficial da União, a verba destinada à instalação dos leitos é oriunda de recursos públicos e, portanto, não pode ser aplicada pela Santa Casa ou por qualquer outro ente sem observância aos trâmites previstos na legislação brasileira.

“Nenhuma aquisição, por exemplo, pode ser feita diretamente a uma empresa ou corporação. Cada etapa é prevista em edital público”, destaca o cardiologista EdvalGomes, coordenador médico da instituição, também engajado no projeto.

O objetivo da portaria do governo federal é destinar recursos aos hospitais filantrópicos, sem fins lucrativos, para que estes possam “atuar de forma coordenada no controle do avanço da pandemia da Covid-19”, uma vez que estes já oferecem atendimento complementar ao Sistema Único de Saúde, SUS.

À Santa Casa foi destinada uma verba no valor de R$ 2,8 milhões, em duas parcelas. O recurso é enviado ao ente público, no caso, a administração municipal que, para a execução do projeto, firmou convênio de cooperação técnica-financeira com a instituição filantrópica.

Ainda de acordo com a portaria, em seu artigo 5º, os recursos só podem ser usados para “pequenas reformas e adaptações físicas para o aumento da oferta de leitos de terapia intensiva e para aquisição de medicamentos, suprimentos, insumos e produtos hospitalares para o atendimento adequado à população e para a aquisição de equipamentos”.

Também está prevista na portaria a prestação de contas dos estados e municípios que receberem os recursos por meio do Relatório Anual de Gestão. Já a Santa Casa deve prestar contas ao fundo de saúde municipal e estadual e divulgar as informações em seu site na internet, atendendo ao critério da transparência.

Ao realizar todos os trâmites através de editais públicos, a administração municipal e a Santa Casa cumprem ainda os critérios de economia, isonomia e zelo com o uso do recurso de ordem pública.

Feira de Santana / 22 de outubro de 2020 - 14H 05m

Denúncias de violência doméstica aumentaram 53% no mês de outubro em Feira de Santana

Por Dandara Barreto

O Centro Integrado de Comunicação (Cicom), da Polícia Militar (PM), registrou neste mês de outubro, um aumento de 53% no número de ligações para fazer denúncias sobre violência Doméstica.
De acordo com a soldado Jamile, uma das responsáveis pelos atendimentos, o CICOM recebe em média 17 ligações por dia com denúncias desta natureza e neste mês de outubro, o número mais que dobrou.
O aumento já havia sido notado desde o início da pandemia. Ainda de acordo com dados do Centro Integrado, de março até outubro, período em que vivemos uma pandemia, o aumento foi de 17%. De janeiro até o dia 16 de outubro, foram 4.165 ocorrências.
Na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), de janeiro a julho deste ano, o número de ocorrências passou dos 1.500. A maior parte delas são referentes à ameaças (722). Em seguida, são as agressões morais (495) e lesões corporais (360). Dos 614 inquéritos instaurados, apenas 391 foram remetidos à justiça.
De acordo com a delegada titular da DEAM, Edileuza Suely, isso acontece por causa do pouco efetivo na delegacia. Segundo ela, a produtividade caiu bastante durante a pandemia, já que 22 servidores foram afastados por pertencerem aos grupos de riscos. Edileuza pontua que a DEAM chega a concluir 1.300 inquéritos por ano, no entanto, este ano, o número deverá cair para a metade.

Feira de Santana / 19 de outubro de 2020 - 09H 11m

Com menos leitos para Covid-19, hospitais de Feira de Santana voltam a lotar

Por Dandara Barreto

Com o número de novos casos de Covid-19 baixando em Feira de Santana, os hospitais têm reduzido o número de leitos.
Na rede pública em Feira de Santana, cerca de 20 leitos foram desativados por causa da baixa demanda.
A medida, trouxe um consequentemente aumento na taxa de hospitalização no município, que tem neste momento, 769 casos ativos e 33 residentes da cidade hospitalizados, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Já de acordo com o acompanhamento feito pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), no site da Central integrada de Comando e Controle da Saúde – Covid-19, Feira de Santana possui, até a manhã desta segunda-feira (19), 55 pacientes internados, somente na rede pública.
O Hospital de Campanha, que recebe apenas pacientes que moram na cidade, conta com 35 leitos clínicos. Oito estão ocupados. Já os leitos de UTIs estão com 100% de ocupação. Após a diminuição de 8 leitos, os 10 leitos disponíveis estão ocupados.
O diretor do Hospital de Campanha Francisco Mota informou que o perfil dos pacientes que vem a precisar de hospitalização não mudou. São pessoas idosas e com morbidades diversas, entre as mais comuns, diabetes e hipertensão.
No Hospital Geral Cleriston Andrade (HGCA), não há mais leitos clínicos disponíveis. Os 14 leitos destinados a pacientes com Coronavírus estão ocupados. Na UTI, dos 30 leitos disponíveis, 23 estão ocupados. É uma taxa de ocupação de 77%. Além de pacientes de Feira de Santana, o HGCA recebe pacientes de outros 121 municípios, através da Central de Regulação. De acordo com Lúcio Couto, médico intensivista e diretor das UTIS do HGCA, metade dos pacientes são de Feira de Santana, especialmente pelo fato de o Hospital de Campanha não absorver pacientes com problemas cardíacos, renais e neurológicos. Com isso, a demanda acaba aumentando no Clériston.
Lúcio atribui o aumento na taxa de hospitalização ao descaso da população com relação aos cuidados que as autoridades sanitárias têm recomendado.
“As pessoas estão agindo como se a pandemia tivesse acabado. Ainda não tem vacina. É muito frustrante para quem está na linha de frente, num trabalho árduo há 8 meses ver bares lotados. Muitos pacientes que estão nos hospitais são os idosos que estão sendo vitimas do descaso dos mais jovens”. Lamenta.
O médico acredita que o Brasil viva uma segunda onda de infecção em consequência deste comportamento da sociedade.
“Eu acredito que possamos viver uma segunda onda sim. Talvez ela não seja tão agressiva quanto a primeira, porque a gente aprendeu muito com a doença, mas acho que esse aumento na hospitalização seja um indício dessa segunda onda vindo. É possível que assim como na Europa, nós tenhamos que voltar restringir as atividades para voltarmos ao isolamento social, já que nós ainda não temos vacina”. Conclui.

Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a grande parte da população mundial terá de esperar, provavelmente até 2022, para ser vacinada contra a Covid-19, apesar dos avanços da ciência. A entidade, que insiste que não haverá uma capacidade de produção suficiente para abastecer o mundo com vacinas de forma imediata, já que a prioridade será a de garantir a vacina para profissionais do setor de saúde, idosos e pessoas com condições de vulnerabilidade. Juntos, esses grupos não somam sequer 20% das população mundial, hoje estimada em 7,7 bilhões de pessoas.

 

Feira de Santana / 08 de outubro de 2020 - 20H 28m

Após reclamação de pouco movimento e sujeira no Shopping Popular, Elias Tergilene diz que camelôs precisam ser domesticados

Por Dandara Barreto

A rua Sales Barbosa está completamente livre de barracas. A prefeitura concluiu a remoção delas na última terça(6) e o feirense pôde ver o calçadão como há mais de 20 anos não era possível fazê-lo. O ordenamento do centro da cidade é tão urgente quanto agradável aos olhos de quem tem a sensação de ter a mobilidade urbana devolvida.
Nada agradável mesmo é ver que assim como a rua, o Shopping Popular também está vazio, tanto de clientes, quanto de vendedores. Nem todos os ambulantes já estão com os boxes montados no entreposto. Uma maioria está desocupada e sem nenhum esboço de estrutura.
O Blog do Velame conversou com alguns vendedores que já estão instalados e além do paradeiro, sujeira e falta de iluminação, são outras queixas de quem está instalado há 3 semanas desde a inauguração do Shooping Cidade das Compras”.
Silene Carvalho trabalhava na Sales Barbosa e no dia 30 de setembro retirou sua mercadoria por causa da remoção das barracas por prepostos da prefeitura, no entanto, ela ainda não está com seu box montado, porque ainda não recebeu as chaves.
“Está tudo vazio, meu boxe não tem nem portas e a prefeitura me informou que eu vou receber as chaves na segunda etapa. Minha mercadoria está toda em casa e eu não posso trabalhar. Ainda que a minha estrutura estivesse pronta, como eu poderia vender? Se olhar em volta, nenhum box aqui na ala do meu está ocupado. O cliente vai se sentir atraído a vir aqui?” Questiona.
Jonatan trabalhou na Sales Barbosa por 12, ele já está com seu boxe montado, mas não está nada satisfeito com o shopping. Ele contou à nossa reportagem que ao longo de todo o dia, só vendeu R$18.
“Pra mim tá péssimo. Me tiraram de um lugar que tinha movimento, que passava gente e mesmo com o movimento fraco da pandemia, eu conseguia levar o sustento pra casa. Aqui, eu só vendi 18 reais hoje. É o dinheiro do transporte e mal dá para pagar o almoço. Eu não tenho boas expectativas porque não tem como ter cliente num ambiente sujo como este. Não tem nem lixeira. Os meus colegas estão reformando os seus boxes, serrando piso, madeira e a administração não tem nenhuma pessoa para varrer o chão”. Reclama o comerciante.
Também há quem esteja otimista, Evandro Cordeiro, trabalhava há 23 anos da rua Marechal Deodoro e há 3 dias começou a comercializar seus produtos no Shopping. Ele conta que apesar do movimento fraco, tem boas expectativas.
“Todo começo é devagar, a gente está engatinhando ainda aqui, mas eu sou sempre otimista, acho que vai melhorar”. Afirma.
Edilson vende confecções há 40 anos no centro de Feira, e disse que não tinha mais condições de continuar na rua Sales Barbosa e que para o movimento aumentar por lá, é preciso que a prefeitura divulgue mais o entreposto para atrair o feirense para as compras naquele local. Para ele o único ponto negativo é a falta de estrutura em cada boxe.
“A estrutura não é tão ruim, mas um ponto negativo é que a gente precisa montar os boxes. Tem muitas pessoas que não vai ter condições de armar, por que precisa botar piso, forrar, comprar móveis”. Conclui.

Procurado pela reportagem, o empresário Elias Tergilene, responsável pelo Shopping Popular informou que o movimento está “bombando” e que a sujeira no local é causada pelos camelôs, que precisam ser domesticados.

“O problema é de educação. A pessoa come, pega o marmitex e joga no chão. Reforma seu box e joga o resto da massa no corredor. Tudo quanto é coisa que eles estavam  acostumados a jogar nas ruas, estão fazendo aqui. Até fezes, a equipe de limpeza já teve que catar. Eles vieram com a mesma cultura da rua”. Disse o empresário.
Tergilene falou que os camelôs terão que pagar mais caro pela falta de educação.
“A gente tá ouvindo muito que na rua não pagava e aqui paga, mas se você perguntar à prefeitura quanto ela gastava com a coleta das toneladas de lixo que eles deixavam nas ruas, com certeza as cifras serão de milhões por ano. Nós vamos ter que dobrar o custo do condomínio. Quanto mais sujar, mais caro vai ter que pagar. Quando arder no bolso, eu tenho a esperança que eles vão se reeducar”. Afirmou.
Questionado se o shopping já está totalmente concluído, o empresário informou que ainda falta construir uma creche, o batalhão da polícia militar, o SAMU e um heliporto. Além disso, falta a área que vai ligar o shopping ao Transbordo.
“Agora estamos aguardando terminar a montagem dos boxes para fazer o pente fino. Tem muita coisa ainda para terminar, mas se a gente fizer o acabamento, eles (os camelôs) vão quebrar tudo. Então, a gente precisa esperar eles acabarem de montar para domesticar e educar essa turma, daí a gente vai terminar tudo”. Concluiu. 

 

Feira de Santana / 07 de outubro de 2020 - 22H 24m

Sindicato dos Servidores Penitenciários anuncia paralisação em Feira de Santana

Sindicato dos Servidores Penitenciários anuncia paralisação em Feira de Santana
Foto: Almir Melo / TV Subaé

Por Dandara Barreto

O Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (SINSPEB) anunciou a que nesta sexta-feira(9), a partir das 08 horas, os policiais penais do Conjunto Penal de Feira de Santana, estarão cruzando os braços e iniciando uma paralisação de 24 horas.
Segundo o SINSPEB, várias irregularidades motivam essa paralisação. Uma delas foi a prática de assédio moral, abuso de autoridade e cárcere privado dos servidores, por parte do diretor do Conjunto Penal, Alan Araújo.  
De acordo com o presidente do sindicato, Reivon Pimentel, uma denúncia chegou à diretoria, constando que um policial penal teria produtos ilícitos em seu carro e o Capitão Alan não deixou ninguém sair até que todos os carros fossem revistados. No entendimento do sindicato, esta medida foi abusiva e trata-se de cárcere privado. O Sindicato exige que o diretor se retrate, pois ele teria transferido a responsabilidade do ato à segurança patrimonial. O sindicato informou que irá ingressar com ação junto ao Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Estadual e, protocolará ação de denúncia junto à Corregedoria da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia-SEAP.
Outra reivindicação da categoria é o número baixo de policiais penais na unidade prisional. Segundo o sindicalista, penas 22 policiais penais atuam por plantão de 24 horas em 11 pavilhões, além disso, não há equipamentos tecnológicos modernos de segurança indispensáveis para auxiliar os policiais penais no acompanhamento, fiscalização e vigilância da unidade prisional, como um sistema completo de vídeo monitoramento por câmeras, bloqueadores para sinal de aparelhos celulares e detectores de metais. Há também, de acordo com o sindicato, muitos pontos cegos nas 11 (onze) guaritas dos pavilhões masculinos e falta telamento aéreo no espaço de convivência e banho de sol.
A
falta de manutenção nas grades das celas dos 11 (onze) pavilhões masculinos é outro problema que compromete a segurança na unidade. A categoria alega ainda que há uma livre circulação de detentos em todas as dependências da unidade prisional e, principalmente no estacionamento de veículos dos funcionários, além de circulação indiscriminada de pessoas estranhas na área dos pavilhões masculinos e no pavilhão feminino.
Reivon Pimentel informou que falta ainda policiais penais na coordenação do posto de serviço da portaria central, fato que, segundo o SINSPEB, fere a lei 7.209/97 (plano de carreira da categoria), configurando usurpação de função pública, além de funcionar como vetor de fragilização de um dos maiores conjuntos penais do estado, uma vez que os vigilantes patrimoniais contratados pela empresa terceirizada não são detentores do poder de polícia e não possuem legitimidade para realizar o acompanhamento e a fiscalização de entrada e saída de pessoas e veículos na unidade prisional.
A categoria reclama da falta de cuidado com o transporte de alimentação para os detentos de todos os pavilhões, já que cubas e vasilhames não transparentes ingressam três vezes ao dia sem nenhum tipo de acompanhamento e fiscalização de equipamentos tecnológicos e ou policiais penais.
Outro problema citado pelo sindicato está nas
guaritas de vigilância da muralha externa. Este patrulhamento é de responsabilidade da polícia militar, mas, segundo o SINSPEB, a PM alega que falta efetivo. Das dezessete guaritas existentes na muralha externa, apenas três são devidamente ocupadas no dia a dia da unidade prisional.
Reivon Pimentel contou que no fundo dos pavilhões, há um espaço denominado carinhosamente de “fazendinha do arremesso” e que o diretor da unidade determinou a permanência de dois detentos das 08:00h às 17:00h, sob o argumento de estarem cultivando uma “horta”.
Por fim, a categoria reivindica o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), condição assumida pelo governo do estado para a desinterdição do Conjunto Penal em 2018, quando a unidade ficou sem poder receber novos presos durante quatro meses devido a uma ação movida pelo Ministério Público do Estado (MP-BA) e a Ordem de advogados da Bahia (OAB), em 2015. Na sentença dada em abril de 2018, o juiz de execuções penais, Waldir Viana, pedia o cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) feito com o governo do estado, principalmente quanto a separação de presos do regime fechado e semiaberto, bem como dos presos provisórios dos definitivos. Na época, os novos presos ficaram custodiados nas delegacias do município, que também ficaram super lotadas. Naquele momento, o diretor do conjunto penal, capitão Allan Araújo, informou que não foi possível cumprir alguns termos do TAC por contingenciamento de despesas. Em agosto de 2018 o a interdição foi suspensa e a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (SEAP) garantiu que atenderia a decisão judicial.
Sobre as denúncias apresentadas, o diretor do conjunto penal, Alan Araújo informou que emitirá uma nota esclarecendo tudo. Sobre a acusação de cárcere privado feita pelo sindicato, ele negou e informou que não pode deixar de apurar denúncia alguma e que todos estão sujeitos a revista num ambiente como uma unidade prisional. Com relação as demais denúncias, Alan afirmou que emitirá uma nota de esclarecimento, mas adiantou que há um interesse político do sindicato.
Quanto ao TAC, o diretor informou que vários pontos foram cumpridos e outros estavam em andamento, quando em 2018, o Tribunal de Justiça da Bahia incompatibilizou alguns deles, pois fugiam da responsabilidade da SEAP. O diretor disse ainda que cobrou bastante o cumprimento do TAC em sua integralidade para que Feira de Santana pudesse ter um conjunto penal modelo, no entanto certas cláusulas fogem do seu alcance.

O Conjunto Penal de Feira de Santana tem neste momento, 1.700 detentos, 344 a mais do que sua capacidade para 1.356 presos comporta.

Feira de Santana / 29 de setembro de 2020 - 09H 07m

TCM notifica servidores da Câmara Municipal por recebimento de auxílio emergencial

Por Dandara Barreto

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) notificou 11 servidores da Câmara de Vereadores de Feira de Santana que foram beneficiados com o Auxílio Emergencial de R$ 600,00 pago pelo Governo Federal. A informação foi divulgada na manhã de hoje pelo site Bahia na Política.
Segundo o procurador da Câmara, o advogado Guga Leal, são 3 servidores concursados e os demais são cargos de confiança. Os nomes das pessoas não foram divulgados.
Em contato com o presidente da casa legislativa, José Carneiro Rocha (MDB) estas pessoas serão ouvidas para apresentarem suas defesas. De acordo com Carneiro, é necessário saber se o auxílio foi solicitado ou se eles foram vítimas de fraudes. Ele disse ainda que caso seja comprovado que partiu do servidor a solicitação do auxílio, este será desligado imediatamente, pois a Câmara Municipal não tolera este tipo de atitude.

O Auxílio Emergencial é um benefício financeiro concedido pelo Governo Federal destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, e tem por objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do Coronavírus – COVID 19.

Segundo o Ministério da Cidadania, 157.316 pessoas que receberam indevidamente o auxílio emergencial do governo federal devolveram os valores aos cofres públicos. Foram recuperados até agora R$ 166,19 milhões de cidadãos que não se enquadravam nos critérios de recebimento do benefício. O Tribunal de Contas da União (TCU) estima que o rombo seja de R$ 42 bilhões.
O Governo Federal criou um sistema de devolução voluntária do auxílio emergencial. O site criado para a devolução do dinheiro foi lançado em 18 de maio, depois de o Ministério da Defesa admitir que 73.242 militares tinham recebido indevidamente a primeira parcela do benefício de R$ 600. O portal permite que qualquer pessoa que tenha recebido alguma parcela fora dos critérios estabelecidos faça a devolução.

Feira de Santana / 15 de setembro de 2020 - 23H 32m

Justiça nega liminar que pedia suspensão da saída dos ambulantes das ruas de Feira

Justiça nega liminar que pedia suspensão da saída dos ambulantes das ruas de Feira
Foto: Nei Silva/Acorda Cidade

Por Dandara Barreto

A justiça negou a ação com pedido de liminar que visava suspender a retirada dos comerciantes das ruas de Feira de Santana.
O advogado Rodrigo Lemos, que representa a categoria, informou que vai recorrer. Segundo ele, a decisão cometeu o erro técnico de desconsiderar o parágrafo primeiro do artigo da lei popular, por isso entrou com recurso em Salvador.
No último dia 9 de setembro, a prefeitura publicou um decreto no Diário Oficial do Município, estipulando o prazo até esta terça-feira(15) para os ambulantes desocuparem as ruas do centro da cidade. Parte do decreto dizia que “Em razão da ordem pública, interesse da acessibilidade e urbanização, determina a desocupação de qualquer tipo de equipamento usado nas vendas”.
A determinação do poder público tem gerado a insatisfação da categoria que alega que não tem interesse em ir para o shopping popular, pois além de temerem o baixo movimento no local, reclamam da estrutura precária do centro recém construído e do aluguel dos boxes.
Para o advogado que representa a categoria, o Shopping Popular não tem condições de absorver todos os ambulantes que estão nas ruas da cidade, uma vez que estudos e um parecer técnico feito por professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) apontam uma contagem parcial de mais de cinco mil ambulantes nas ruas do centro de Feira.
“Esta ação vai trazer consequências muito graves para Feira de Santana. Apenas 1.400 ambulantes irão para o shopping popular, as demais pessoas entrarão para as estatísticas dos  milhares de desempregados. Essas pessoas estão na rua, trabalhando há muitos anos. Sem um lugar para trabalhar, neste momento de pandemia, certamente não vão conseguir emprego”. Afirma.
O secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Júnior, informou que os ambulantes que não se cadastraram no shopping popular serão relocados para o centro de abastecimento. De acordo com ele, a prefeitura fez um levantamento de 1.800 ambulantes com barracas fixas nas ruas de Feira de Santana para fazer o projeto do shopping popular. Ainda segundo Borges júnior, cada barraca foi fotografada, junto com os seus proprietários, que também tiveram suas biometrias cadastradas para que fosse apresentado ao Ministério Público.
Rodrigo refuta o levantamento citado pelo secretário e diz que este levantamento da prefeitura foi feito em 2018, num contexto econômico completamente diferente.
“O desemprego aumentou e muitas pessoas foram trabalhar como vendedores ambulantes para poder se manter ao longo destes dois anos”. Analisa o advogado.
Borges Júnior informou que o decreto não foi surpresa para ninguém. De acordo com ele, o município já falava sobre a relocação no início do ano e que o município já havia tratado do assunto 30 dias antes da publicação do decreto. O secretário pontuou que houve muitas flexibilizações com relação aos pagamentos, como carência de 8 meses para pagar, além da liberação da linha de crédito para os ambulantes.
De acordo com a prefeitura, a inauguração do Shopping Popular vai acontecer no próximo dia 21 de setembro.

 

Feira de Santana / 07 de setembro de 2020 - 14H 28m

Feirense sofre com a distância da filha, que vive no Canadá há quase 7 anos sem sua autorização

Por Dandara Barreto

Uma mãe vive um drama familiar, cuja história parece um enredo de filme de ficção. Sua filha, de 11 anos vive no Canadá com o seu pai biológico há quase 7 anos, sem a sua autorização legal.
Suzane Nascimento foi casada com um peruano com quem teve Anny Beatriz. Eles viveram no Peru por alguns anos, mas com a separação, ela voltou a viver no Brasil. Quando Anny tinha 5 anos de idade, o pai manifestou o desejo de levá-la ao Canadá por três meses. Suzane permitiu e viabilizou a autorização de viagem, assinando um documento emitido pelo Ministério das relações Exteriores. Eles embarcaram em novembro de 2013, mas o documento determinava a volta da criança em fevereiro de 2014, no entanto, ele nunca trouxe a criança de volta. Veja o documento abaixo, que teve os dados pessoais das partes preservados.

Suzane conta que hoje, a criança só fala inglês e apesar de manter contato com a filha por telefone e vídeo chamada, é o pai quem traduz a conversa, já que ela não domina o idioma.
“Eu não faço contato diário com a minha filha por que existe esta barreira entre mim e ela, mas nos falamos com frequência. Nós não temos nenhum momento a sós e ele traduz o que falo do jeito que ele quer. Tudo o que eu sei sobre ela, é ele quem me diz. Ele não aceita nenhuma interferência ou sugestão minha sobre a criação da minha própria filha. Ele diz que ela tem uma mãe lá”.
O ex-marido afirmou a Suzane que sua atual esposa possui a guarda de Anny no país. Depois que o prazo para devolver a criança ao brasil venceu, o pai biológico acionou a justiça canadense para solicitar a guarda permanente. Dois anos depois, Suzane recebeu de um amigo do seu ex, que mora em Feira de Santana, um documento todo escrito em inglês, sem carimbo ou assinatura, onde consta que ela teria 365 dias após a data da emissão do documento para apresentar uma defesa às alegações do pai da criança, que afirmou que Suzane era alcoólatra, usava drogas e se prostituía. A tradução de um trecho do documento diz que “sem comida, mãe levava para festa com álcool e drogas, problemas médicos não tratados, local inseguro para viver sem dinheiro ou trabalho. Mãe trabalha com prostituição”.


Quando Suzane recebeu o documento, o prazo para apresentar a defesa já havia vencido há um ano, por isso, ela não pôde recorrer. Seu ex-marido procurou uma líder religiosa da igreja que Suzane frequentava, em Feira de Santana, para garantir que ela assinasse o documento, para provar ao juiz canadense que o houve o recebimento do mesmo, mas que, só chegasse até Suzane, depois de um ano, para não dar tempo de apresentar defesa. A mulher teria negado o favor, ele então procurou um homem, também frequentador da igreja que concordou e assim o fez.
Suzane nega que já tenha tido problemas com álcool, drogas ou prostituição e disse que quando perguntou ao pai da sua filha o motivo de ele ter feito acusações falsas contra ela, ele afirmou ter sido o único jeito de garantir que sua filha permanecesse ao seu lado. Ela acredita que a atitude do ex-marido é em retaliação ao fim do casamento.
“Nosso casamento acabou, pois não havia mais sentimento da minha parte e sempre que eu imploro para que a minha filha volte para mim, ele diz que hoje eu sofro o que ele sofreu com a separação. Ele diz que não vai trazê-la de volta, porque acha o Brasil um país perigoso, que eu não tenho condições de dar a vida que ele dá a ela e que a esposa dele cuida bem dela e ela se sente bem lá”.
Suzane buscou orientação jurídica, mas nunca conseguiu intervir, pois não consegue meios de se comunicar com a embaixada. Ela chegou a pedir ajuda à Polícia Federal, que, através da Autoridade Central Federal (ACAF), informou que o ideal é que ela vá ao Canadá procurar ajuda da embaixada no país e contratar um advogado lá. Acontece que o custo disso é muito alto e ela não tem condições de arcar nem mesmo com a viagem para lá.
“Para entrar no Canadá como visitante, é necessário comprovar ter, pelo menos, 10 mil dólares. Eu, além de não ter este dinheiro, tenho muito medo de ir sozinha e acontecer algo comigo ou de ele fugir com a minha filha”.
A advogada Camila Trabuco, orienta que Suzane busque o quanto antes acompanhamento jurídico. Para ela, o caso é bastante complexo pelo fato de não ter certeza de quais artifícios o pai biológico usou. Segundo ela, não dá para dizer que é um sequestrou ou uma conduta ilegal, sem ver o documento que ele conseguiu para viver legalmente com Anny no Canadá. .
“Como pai, ele tem responsabilidade legal sob a filha. Como a mãe não apresentou defesa a tempo, é possível que a justiça do país tenha tornado legal a guarda paterna. É possível solicitar pela justiça brasileira a busca e apreensão de menor, e a través de uma carta rogatória, que é um documento emitido no Brasil, solicitar a intimação do pai, no entanto, como, ela já está há muito anos residindo em outro país, o juiz brasileiro, pode entender que não tem competência para julgar o caso. Isso pode ser uma barreira jurídica”.
Suzane contou que decidiu tornar a história pública somente agora porque tomou coragem para lutar por sua filha. Seu objetivo é tentar fazer sua situação chegar às autoridades nacionais, a fim de buscar ajuda. Até aqui, ela não acionou a justiça por medo de perder o contato definitivo com sua filha, já que o ex-marido controla os acessos da criança ao celular e media a conversa entre elas.
Na semana passada, ela publicou um vídeo com sua história nas redes sociais, relatando a dor que sente em estar longe da sua filha. Seu ex-marido teve acesso ao vídeo, que não tem nenhum detalhe trazido aqui nesta reportagem e convenceu a criança que sua mãe estava tentando prejudicar o seu pai. Numa chamada de vídeo, a criança se mostrou muito nervosa e chateada com a mãe e disse não querer mais falar com ela.
veja o vídeo:
https://www.instagram.com/p/CEsQXNvBqXR/

Suzane diz que seu maior desejo é ver e abraçar sua filha que foi arrancada injustamente da sua convivência.

 

Feira de Santana / 04 de setembro de 2020 - 22H 49m

É Fake! Mensagem de uma mulher perdida no Hospital Lopes Rodrigues não procede

Por Dandara Barreto

É falsa a informação que está circulando nas redes sociais sobre uma mulher perdida, que estaria internada no Hospital Psiquiátrico Lopes Rodrigues, em Feira de Santana. O Blog do Velame checou com o Hospital, que informou que esta mulher não está na unidade e nem esteve por lá nos últimos dias.
A mensagem que viralizou nesta sexta-feira (4) contém o seguinte teor:
“Senhores, esta senhora se encontra no Hospital Colônia Lopes Rodrigues, deu entrada hoje, conduzida por uma guarnição, aparenta ter grave problema de memória, não possui documentos, não sabe o próprio nome, as únicas coisas que recorda é de estar na rodoviária de Feira de Santana hoje pela manhã, chorando muito. Se alguém souber de alguma informação favor ligar para 75 3603-7500 ou 75 36233038 (números do hospital), caso não, repasse para o maior número de pessoas possível, para que a informação chegue até um de seus familiares. VAMOS AJUDAR”.

Combata notícias falsas.

Quer saber se uma notícia é verdadeira?
Envie para o Blog do Velame. Nós checamos para você.

Feira de Santana / 03 de setembro de 2020 - 16H 35m

Exclusivo: Vereador de Feira oferece na internet vaga de emprego em Posto de Saúde

Por Dandara Barreto

Não é de hoje que se especula sobre a barganha de cargos públicos por parte do poder legislativo em diversos municípios brasileiros. Em Feira de Santana não é diferente. Entretanto o assunto sempre ficou no campo da especulação. Porém, o site do Conselho Regional de Odontologia da Bahia (CRO-BA) publicou na última segunda-feira (31) um anúncio de vaga em um Posto de Saúde da Família (PSF) na cidade que chamou atenção do Blog do Velame. A oferta de emprego tinha a seguinte descrição: “Vereador em Feira de Santana, procura dentista para trabalhar em PSF. Interessados, chamar no zap…”. Veja na imagem abaixo.


Sem se identificar, a reportagem do Blog do Velame entrou em contato com o número disponível no anúncio e foi informada que a vaga foi preenchida ainda na segunda-feira(31) e que o vereador ofertante seria Cadmiel Pereira (DEM).

A responsável pelo anúncio disse numa ligação ser uma dentista, e informou também que a solicitação da vaga foi feita por seu cunhado, um assessor do vereador, cujo o nome ela não revelou.
O blog procurou a coordenadora da Atenção Básica Municipal, Valdenice Queriroz, que negou que houve alguma contratação de odontólogo neste período. Questionado pela reportagem, o vereador Cadmiel Pereira (DEM), negou que tenha feito qualquer anúncio ou que já tenha feito alguma indicação política ao longo de seus mandatos como vereador. Ele disse, porém, que muitas pessoas o procuram em busca de empregos, mas que jamais se valeu deste artifício para barganhar alguma vantagem política. Questionado sobre um dos seus assessores ter feito a solicitação da vaga no site do CRO-BA, o vereador informou que vai apurar, mas se negou a fazer o reconhecimento da foto da pessoa que teria feito o anúncio.
O Blog do Velame fez contato com o Conselho Regional de Odontologia da Bahia (CRO-BA) que informou que os anúncios são feitos num campo reservado para classificados, onde qualquer dentista pode anunciar e que não há filtro prévio por parte do site. O Conselho informou ainda que assim que tomou conhecimento da vaga anunciada por solicitação de um vereador, tirou a publicação do ar imediatamente, por ter conhecimento da ilegalidade da prática.  A prática é antiga na cidade. Fontes denunciaram a situação ao Blog do Velame e muitos relataram que mantém este tipo de vínculo empregatício. Uma das contratadas pela modalidade de indicação política, que por motivo de segurança preferiu não se identificar, relatou que trabalhou como enfermeira no período de 2013 a 2018 em 3 unidades diferentes – Num PSF do distrito de Bonfim de Feira e em outros dois postos em bairros, por indicação do vereador Isaias de Diogo (MDB). De acordo com ela, o edil pegou seu currículo e a levou até o gabinete do então prefeito José Ronaldo de Carvalho, que escreveu uma carta e direcionou à Secretaria de Saúde e então, sua contratação foi efetuada.
“No começo a exigência que o vereador fez, era que participássemos das reuniões que aconteciam esporadicamente. Depois houve exigências para os profissionais vendessem rifas e bilhetes para uma feijoada que aconteceu em 2018. Era ano eleitoral, o vereador foi candidato a deputado estadual e além de pedir voto para ele, exigiu que votássemos no candidato à presidência, Jair Bolsonaro”, relatou.  De acordo com a enfermeira, o pedido foi feito abertamente numa reunião com aproximadamente 150 pessoas. Ela contou que, como não vendeu as rifas e nem declarou o voto solicitado por ele, começou a sofrer perseguições e, três semanas depois das eleições, foi chamada na sede da terceirizada contratante e teve seu desligamento anunciado. Ainda segundo ela, a pessoa responsável pelo RH pediu que ela assinasse um documento que informava que ela estava pedindo demissão. Ela se recusou a assinar e recorreu à justiça, onde o processo corre até hoje.
Ao blog,  vereador Isaias de Diogo negou todas as acusações. Ele disse que a
s pessoas o procuram o tempo todo para pedir emprego, no entanto, nenhuma indicação é feita em troca de favores políticos. “No gabinete há milhares de currículos e algumas empresas de RH recrutam. O gabinete está à serviço da cidade. Se uma pessoa me procura, eu posso levar ao prefeito. Se ela será empregada ou não, não compete ao vereador. Infelizmente tem pessoas que, por não serem bons profissionais, falam o que querem”, justificou.  Sobre as participações nas reuniões e as vendas das rifas, ele informou que ninguém nunca foi obrigado a fazer nada, tudo o que as pessoas fazem, é porque querem. Sobre acusação de ter exigido a declaração de voto para presidente, o vereador disse ser uma grande mentira. “É uma mentira! Eu votei no Cabo Daciolo no primeiro turno, não pediria voto para ninguém. As acusações são mentirosas e levianas”, afirmou Isaías.
Em nota, a
Prefeitura de Feira de Santana informou que os profissionais precisam fazer uma denúncia formal sobre este tipo de situação. A nota diz o seguinte:
“A prefeitura pede que sobre o relato que “o município recebeu denúncias de que um vereador fazia muitas interferências na unidade, como por exemplo, mandar pacientes para obterem vantagens no atendimento, sem precisar pegar fila”, o cidadão faça uma denúncia formal para que o município apure o ocorrido. O governo municipal não concorda, não tolera, não estimula e condena esse tipo de atitude de qualquer vereador ou apoiador político.
Sobre o outro relato, que funcionários “são obrigados a frequentarem reuniões políticas e até vender rifas para arrecadar dinheiro para eles”. A prefeitura não obriga funcionários a participarem de reuniões políticas ou vender rifas de nenhum candidato ou partido político. A prefeitura condena veementemente esse tipo de atitude e solicita que as denúncias sejam encaminhadas formalmente para que possam ser apuradas”.

Outros relatos com o mesmo teor chegaram até à nossa equipe de reportagem. Outra fonte que também pediu anonimato informou que na policlínica do Parque Ipê, havia uma prática de pacientes irem em busca de atendimentos por indicação do então vereador Ronny Miranda (PHS), morto em 2018. Segundo ela, a Secretaria de Saúde precisou ajustar as equipes para que essa prática não mais acontecessem.
A secretária de saúde do município, Denise Mascarenhas foi procurada, mas até a publicação desta reportagem, não respondeu aos questionamentos feitos pelo Blog.

Casos no Governo do Estado

Mais profissionais relataram que a barganha por cargos públicos também acontece nas contratações feitas pelo Governo do Estado, como já foi noticiado pelo blog em julho (clique AQUI e relembre). De acordo com outra profissional da área de saúde que trabalhou no Hospital Geral Cleriston Andrade, o deputado federal Zé Neto detém o controle das vagas nos Hospitais Estaduais instalados no município. “Eu trabalhei no Hospital Cleriston Andrade por indicação do deputado Zé Neto. Lá quase todas as pessoas trabalham desta forma. Essas vagas temporárias é um absurdo, um verdadeiro cabresto eleitoral. Precisamos que tanto o município como o Estado façam concursos públicos. Nunca fui coagido, nem perseguido, sempre me valorizei, contudo há relatos absurdos de colegas”. Procurado, o deputado Zé Neto (PT) negou que faça este tipo de indicação. “Apenas os cargos de direção do órgão, que são os cargos de confiança, são de indicação política e isso é resguardado pela lei. As contratações são feitas por seleção pública. Durante a pandemia, eu solicitei que se observasse a qualificação do profissional, já que não poderia fazer seleção pública por causa da urgência na contratação, mas não acompanhei o resultado final. Foi a única vez que fiz algum tipo de solicitação”, afirma o deputado. O diretor do Hospital Geral Cleriston Andrade, José Carlos Pitangueira, afirmou que as contratações para a unidade são feitas através de Empresas contratadas pelo Governo do Estado e por Pessoa Jurídica. Ele afirmou também normalmente, o profissional  procura a direção do hospital e após análise dos currículos, todos passam por treinamentos, para só então a contratação acontecer. “Não há nenhuma contratação por indicação política. Inclusive há alguns exemplos de funcionários que não são favoráveis ao governo estadual e à minha gestão, no entanto trabalham aqui. Eu desafio a qualquer um me dizer que alguém trabalha aqui porque “fulano” indicou”, concluiu o diretor. Para o advogado especialista em direito eleitoral e mestre em ciências políticas, Allah Goes, este tipo de prática representa abuso de poder. “Barganha é vantagem. Qualquer tipo de vantagem é considerado abuso de poder pela legislação, ainda mais neste período eleitoral, onde é vedada qualquer contratação, remoção ou substituição de servidores. Se o cargo é do poder executivo, é necessário que seja apurado como essa distribuição de cargos se dá. Quem distribui estes cargos?”, questiona.
Segundo o advogado, o TSE deve ficar atento a estas denúncias, pois, se provada, este tipo de prática pode acarretar na inelegibilidade por até 8 anos do agente político envolvido.

Feira de Santana / 26 de agosto de 2020 - 19H 38m

Fernando de Fabinho é o pré-candidato a vice-prefeito de Colbert

Por Dandara Barreto

Em mais uma super produção, o prefeito Colbert Filho (MDB) e o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho (DEM) realizaram uma live nesta quarta-feira (26) transmitida através das redes sociais para anunciar o nome do pré-candidato a vice-prefeito de Feira de Santana, da coligação MDB/Democratas. O escolhido foi o ex-deputado federal Fernando de Fabinho. A live foi apresentada pelo ex-prefeito José Ronaldo, que falou sobre os feitos do seu governo ao longo dos quatro mandatos. Ele também ratificou a continuidade que Colbert deu ao seu trabalho.
Apesar de o candidato à prefeitura ser Colbert Filho, o anúncio do nome do vice foi feito pelo ex-prefeito José Ronaldo. O ex-prefeito chamou ainda ao palco o vereador  licenciado e ex secretário de serviços públicos Justiniano França e o empresário Zé Chico, que também “disputavam” a vaga de vice.  O escolhido, Fernando de Fabinho agradeceu pela oportunidade e reconheceu estar “enferrujado”, mas disse que a vontade de estar ao lado do povo o fez querer voltar como reservista. Fabinho elogiou a maneira de governar de Colbert Filho. “Feira não pode interromper a trajetória de progresso. Atrás de um homem sério e carrancudo, tem um homem sério, competente que dá continuidade a tudo que Zé Ronaldo ainda luta e quer, a nossa união para que Feira de Santana continue se desenvolvendo”. O prefeito Colbert Filho concluiu agradecendo a toda a equipe e a Deus.
“Que Deus nos conduza ao caminho da vitória”, finalizou. Ronaldo anunciou ainda que uma grande live será realizada no dia 12 de setembro quando serão anunciados todos os partidos que darão apoio à reeleição de Colbert.

Feira de Santana / 26 de agosto de 2020 - 19H 02m

Iniciada habilitação de empresa que irá fornecer kits de alimentos aos alunos da Rede Municipal

Por Dandara Barreto

A Secretaria de Educação do Município (Seduc) anunciou que a empresa que foi habilitada na primeira etapa para fazer a distribuição dos kits merendas é a Vitória Atacadista e Logística LTDA. De acordo com a pasta, o prazo para apresentar as amostras dos alimentos à Seduc a fim de que seja feita a análise é de dois dias. Só então, haverá a validação do processo.
As cotações das empresas foram abertas na manhã desta quarta-feira, 26, como estava previsto. Estas empresas acudiram ao chamamento público feito pela Prefeitura visando a compra desses alimentos que serão distribuídos aos estudantes da Rede Municipal de Educação, como kits de alimentação.
Os mais de 51 mil alunos da rede municipal estão sem merenda escolar desde o início da pandemia. O kit merenda será no valor de $50.
O Ministério da Educação (MEC) informou que deu autonomia para as equipes de nutrição das escolas para montar kits cujo conteúdo varia de acordo com a faixa etária da criança, o tempo de permanência na escola e a realidade da região onde ela vive. De acordo com o MEC, nos kits devem conter itens como leite, soja, açúcar, arroz, macarrão, feijão e biscoito.
No kit que a Seduc irá entregar, deverá vir com açúcar, arroz, biscoito Cream Cracker, café, extrato de tomate, farinha de mandioca, feijão, farinha de milho, leite em pó, macarrão, óleo, farinha de milho e soja.

Feira de Santana / 26 de agosto de 2020 - 13H 46m

Falta de merenda escolar em Feira foi assunto no programa Encontro da rede Globo

Por Dandara Barreto

A falta de merenda para os alunos da rede municipal de ensino de Feira de Santana foi destaque no programa Encontro com Fátima Bernardes da rede Globo nesta terça-feira(25).
Tássila é moradora de Feira de Santana, tem três filhos e foi entrevistada no programa. Ela relatou que a merenda escolar sempre foi uma refeição importante, pois era uma preocupação a menos, já que ela e seu esposo estão desempregados. Ela contou que está recebendo o auxílio emergencial, no entanto, o valor não é suficiente para pagar todas as despesas da casa.
Tássila relatou que recebeu uma cesta básica uma única vez pela escola de uma das suas filhas. Questionada por Fátima Bernardes sobre o que veio na cesta, ela revelou que continha apenas leite em pó, chocolate em pó, arroz, açúcar e feijão. A mãe contou que tentou questionar a falta de assistência do governo municipal, mas não consegue falar no telefone da secretaria e na escola, só fica o porteiro. Outra queixa de Tássila é a falta de material didático e de acompanhamento com as crianças.
Ao programa global, o Ministério da Educação (MEC) informou que deu autonomia para as equipes de nutrição das escolas para montar kits cujo conteúdo varia de acordo com a faixa etária da criança, o tempo de permanência na escola e a realidade da região onde ela vive. De acordo com o MEC, nos kits devem conter leite, soja, açúcar, arroz, macarrão, feijão e biscoito.
A produção do programa entrou em contato com o secretário de educação do município, Marcelo Neves, que informou que todos os alimentos que estavam dentro das escolas municipais, foram transformados em kit alimentação e foram distribuídos para cerca de 20 mil famílias e que a demora na entrega aconteceu porque o município recebe $480 mil do programa de alimentação escolar e que o suficiente, seria o valor de $2,5 milhões, mesmo assim, o secretário garantiu que nos próximos dias, os 51 mil alunos da rede serão atendidos.
Na segunda-feira (26) a prefeitura de Feira de Santana divulgou em seu site oficial a convocação de empresas para compor o processo de dispensa de licitação para a aquisição dos kits alimentação. Segundo a publicação, o critério de julgamento será o de menor valor global. As cotações aconteceram na manhã de hoje, no Teatro Municipal Margarida Ribeiro. Até a publicação desta reportagem, não foi divulgado nenhum resultado.

Em abril o senado sancionou a  Lei 13.987, de 2020, que garante a distribuição dos alimentos da merenda escolar às famílias dos estudantes que tiveram suspensas as aulas na rede pública de educação básica devido à pandemia do novo coronavírus.

Veja a entrevista com Tássila no vídeo abaixo:

https://globoplay.globo.com/v/8802680/

 

 

 

Feira de Santana / 21 de agosto de 2020 - 23H 02m

Feira de Santana é um dos 20 municípios brasileiros com maior número de abortos em meninas entre 10 e 14 anos

Por Dandara Barreto

De acordo com dados do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, Feira de Santana é um dos 20 municípios com maior número de internações por aborto realizado em meninas entre 10 e 14 anos, estando entre os únicos 3 que não são capitais. Além de Feira de Santana, Duque de Caxias (RJ) e Campos de Goytacazes (RJ) são as cidades que aparecem na listagem. Não há dados disponíveis sobre o sistema privado de saúde e não foi divulgado o número de procedimentos realizados nas cidades.
No primeiro semestre desse ano, foram registrados no Hospital Estadual da Criança (HEC), 250 casos de violência infantil, 13 deles foram de violência sexual. No ano passado foram registrados 569 casos e 69 deles foram referentes à violência sexual.
Para a coordenadora da assistência social do HEC, Gilmara Lopes a sensação de diminuição é falsa. Com a pandemia do novo coronavírus, muitas vítimas tem evitado ou retardado a ida ao hospital.
“Tem muitos casos que vem cerca de 3 ou 4 semanas depois do ocorrido. Não é uma queda, o Coronavírus acabou maquiando os verdadeiros dados”. Pontua. 

A Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Contra Criança Adolescente em Feira de Santana (Derca), instaurou cerca de 20 inquéritos por abuso sexual infanto-juvenil. De acordo com a delegada Danielle Matias estes números estão longe de corresponderem à realidade. Para ela, muitos não chegam a registrar ocorrência e na maior parte das vezes, isto ocorre por decisão da própria família que prefere esconder o fato por vergonha ou culpa.
Os casos de violência sexual infantil são encaminhados para o Conselho Tutelar. São quatro conselhos tutelares distribuídos no município. Juntos, eles registraram 45 casos de violência sexual de janeiro a junho deste ano. No mesmo período de 2019, o número foi ainda maior. 65 casos chegaram ao conhecimento dos conselheiros.
Assim como a delegada, a presidente dos Conselhos Tutelares de Feira de Santana, Liliane Carvalho destaca a subnotificação. De acordo com ela, normalmente, até a denúncia acontecer, a vítima sofre diversos abusos calada e este silêncio é praticamente unânime entre os abusados.
A maioria das vítimas, são meninas, de faixa etária e de classe social variadas e são abusadas dentro de casa por algum parente.
As consequências deste tipo de violência são as mais mais variadas. Segundo a psicóloga e técnica do serviço de escuta especializado do conselho tutelar, Monique Oliveira, elas podem ser de ordem médica, psicológicas e sociais. Ela conta que cada pessoa vai reagir de um modo individual.
“Enquanto algumas vítimas desenvolvem efeitos mínimos, outras vão desenvolver severos problemas de ordem emocional, social e psiquiátrica. O impacto vai depender da vulnerabilidade da criança”.
As consequências mais comuns nas vítimas deste tipo de violência são, segundo a psicóloga, estresse pós traumático, transtorno de ansiedade, transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, distúrbios do sono, irritabilidade e agressividade, além de depressão infantil, dificuldade de concentração, pensamentos suicidas, isolamento social, auto mutilação, sentimento de culpa e tendência ao uso abusivo de substâncias como álcool ou drogas.

Denúncias de violência sexual infantil podem ser feitas através do disque 100. Em caso de descoberta da violência, a vítima deve ser levada a uma unidade de saúde o quanto antes e a polícia civil deve ser acionada.

Bahia / 21 de agosto de 2020 - 14H 42m

Polícia Civil cria nova delegacia digital para solicitação de medida protetiva e registro de demais violências

Por Dandara Barreto

Mulheres vítimas de violência doméstica poderão solicitar medida protetiva e registrar os crimes através da nova Delegacia Digital da Polícia Civil.
A medida passou a valer nesta quinta-feira(20) para todo o território baiano. Com a ampliação da plataforma da Secretaria da Segurança Pública (SSP), também poderão ser registrados casos de violência contra a criança e o adolescente, contra o idoso, de estelionato, intolerância religiosa, ataque via redes sociais, racismo, homofobia, roubo, ameaça, furto entre outros delitos.

No site www.delegaciadigital.ssp.ba.gov.br, a vítima iniciará o processo de registro. Um atalho também ficará disponível no portal da SSP. Na sequência, aparecerá uma página com as instruções de uso e também o alerta de que falsa comunicação é crime. Em seguida a vítima colocará seus dados pessoais e relatará o caso.

Nos crimes contra a mulher, criança e adolescente e idoso, envolvendo violência física ou sexual, que necessitam de exames periciais, a unidade virtual enviará a guia para exame, através do e-mail cadastrado pelo internauta. Com o documento impresso, a pessoa se dirige até o Departamento de Polícia Técnica (DPT) e realiza o procedimento de corpo de delito.

Não poderão ser registrados na plataforma casos de homicídio, latrocínio, lesão dolosa grave ou seguida de morte, infanticídio, suicídio, aborto, extorsão mediante sequestro, crimes contra o patrimônio com violência física (a não ser que sejam cometidos contra mulher, criança, adolescente e idoso) e perigo de contágio de moléstia grave ou para a vida ou saúde de outrem.

Depois de prestar a queixa virtual, a vítima deverá ficar atenta à sua caixa de e-mail, por onde receberá o Boletim de Ocorrência e, posteriormente, as instruções dos delegados e investigadores responsáveis pela apuração do caso. Mais informações, documentos, fotos e vídeos poderão ser requisitados. Outra novidade da Delegacia Digital está no formulário. Foram acrescentados os campos para inclusão do CPF e da identidade sexual e de gênero.

Feira de Santana / 20 de agosto de 2020 - 18H 03m

Rua Marechal Deodoro está temporariamente fechada para obras

Rua Marechal Deodoro está temporariamente fechada para obras
Foto: Izinaldo Barreto/SECOM

Por Dandara Barreto

Quem frequenta o centro da cidade, não poderá entrar em uma das ruas mais movimentadas de Feira de Santana. É que a prefeitura interditou parcialmente a rua Marechal Deodoro. Os veículos não podem circular na via desde a manhã desta quinta-feira, 20.

De acordo com uma publicação da prefeitura em seu site oficial, mas a interdição vai durar algumas semanas devido à instalação da rede de drenagem pluvial, serviço que está sendo realizado pela Prefeitura de Feira de Santana.

No lado direito, barreiras foram montadas à entrada da rua, limite com a Praça da Bandeira, e à altura da rua Santana, onde existe um ponto de lotação de vans municipais.

O acesso dos veículos está permitido a partir da rua Monsenhor Mário Pessoa até a rua Comendador Targino, onde foi montada mais uma barreira. As lojas da Marechal estão funcionando normalmente.

O ponto de vans localizado na Comendador Targino foi transferido para a avenida Sampaio, cerca de cem metros adiante. Pontos de taxis foram removidos para a Conselheiro Franco e Senhor dos Passos.
O acesso à Marechal pela rua Santana, a partir da avenida Senhor dos Passos está permitido. Mas autoridades do setor pedem que os motoristas evitem a conversão à direita.

Orientam que os motoristas devem prestar atenção nos locais onde a pista está aberta pela metade, como na Getúlio Vargas, na Senhor dos Passos, entre outros.

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